A mensagem cristã nos mostra Cristo sempre disponível para todos, mas principalmente para os arrependidos e desejosos da sua presença.
É claro, que fatores externos também nos impedem de fazer o bem, entretanto, isso é uma “deep history” (história profunda), que o catecismo da Igreja Católica explica muito bem.
Contudo, o que eu gostaria de chamar atenção aqui, seria para a nossa própria dificuldade de fazer o bem…
Somos muitas vezes insensíveis com a dor dos outros…
Em alguns momentos, nos parecemos compadecidos, e tocados de verdade, mas depois, procrastinamos: Depois eu faço…
E assim vem “o depois”, “o agora não”, “o agora estou ocupado” e etc.
Recentemente, numa homilia on-line, um padre fez uma oração em que ele pedia perdão a Deus, pelas pessoas que se achegaram até ele e ele não conseguiu ajudar. Pessoas, que ele deixou para depois e acabou esquecendo.
Realmente, eu não tinha pensado neste tipo de falta…
A cada dia que passa, estamos menos acostumados a pensar na dor do outro.
O “eu” tem sido mais forte, até mesmo em relação as pessoas as quais somos responsáveis.
O “eu quero ser feliz”, sendo praticado a qualquer preço, joga para o alto filhos, casamentos, pais, reputação, papagaio… se bem que papagaio, eu preciso reavaliar, uma vez que os bichos têm sido personificados e as pessoas coisificadas.
Um dia desses, ouvi uma amiga dizer que ao visitar uma casa de amigos, ouviu o chefe da família dizer que o cachorro adquirido, recentemente na família, é melhor do que os próprios filhos.
O cachorro se tornou o rei daquela casa.
Logo pensei: Santo Deus!!! As pessoas estão perdendo a capacidade de amar as outras!
Entretanto, é importante entender que toda cria é fiel e dócil aos seus donos, principalmente pela maneira que é cuidada.
Toda cria tem instintos, mas, capacidade de amar, somente o ser humano. Por isso o animal não peca! Quem comete pecado é o homem, justamente porque tem alma.
Cuidar de animais talvez seja sim, mais fácil, porque o animal se sente saciado com muito pouco.
Mas quando, desordenadamente, o corpo impõe a alma que ela se comporte como bicho, consequentemente nos tornamos incapazes de amar no sentido profundo da palavra.
Mas voltando a dor do outro, novos comportamentos e regras estão nos tornando mais insensíveis a dor do outro.
O mundo tem se levantado fortemente com as pautas ecológicas: bichos, natureza…. Não que isso não seja importante, mesmo porque, a terra é o lugar em que vivemos!
A terra precisa ser cuidada!
Contudo, o tema ser humano, não está mais nas pautas verdadeiramente importantes, mas contundentemente nos interesses políticos de projetos de dominação.
Daí se vê claramente todos os tipos de manipulação.
Enquanto isso, paralelamente, as mensagens cristãs estão sendo sufocadas.
Os movimentos políticos ateus e de dominação tem trabalhado bem há décadas.
A revolução cultural desses tempos, traz uma aversão e um desrespeito a fé cristã, como nunca!
E por quê?
Porque se tornou impossível aceitar conviver num mundo em que não haja trocas, em que o “eu” não seja privilegiado.
O “de graça” quase não existe mais, mas está sempre presente nos evangelhos cristãos, dispostos a nos ensinar e a nos conduzir.
Talvez seja por isso, que temos visto o cristianismo ser tão agredido, vilipendiado, não somente na violência física, no silêncio dos órgãos que deveriam defender os cristãos, e até mesmo naquilo que se diz arte, basta recorrer as amostras de arte contra o cristianismo.
O que você tem alimentado mais dentro si? O bicho ou a alma?
Lembre-se: A escravidão do mau usa o nosso corpo por sedução, para que a nossa alma seja incapaz de amar os outros e principalmente a Deus!
Abraço fraterno, Theresa Calonge.