Você conhece seus inimigos?

Talvez você conheça alguns, mas nem todos!

Muitos inimigos se passam por nossos amigos, por pessoas simpáticas, ou estão muito próximos de nós e nem percebemos. E não percebemos por razões muito distintas.

Tem pessoas que não percebem pela ingenuidade e pelo poder de convencimento deles; ou pela sedução que naturalmente usam.

Acredito também, que outros não percebem, por se tratar de uma conveniência ou por algum benefício que possam ter ao se deixarem aproximar de pessoas assim, tão perigosas….

É pela fraqueza pessoal de suas vítimas e até mesmo de caráter e de valores, que pessoas oportunistas, invejosas e perigosas encontram um terreno fértil para praticarem seus planos e cooptarem aquilo que lhes interessa, e assim se tornam verdadeiros inimigos. E mais, posso acrescentar que pessoas ruins, conseguem fazer de suas vítimas seus instrumentos de manipulação como também torná-las algozes e inimigos de outros.

Para esse tema, teríamos um vasto conteúdo para aprofundarmos no campo da psicopatia, do narcisismo, mas como não domino o assunto, não ousaria aprofundar. Mas sei, por estudos publicados, que psicopatas sabem muito bem usar suas vítimas.

Isso tudo é muito louco, não é mesmo?!

De repente, me lembrei da fábula do sapo e do escorpião, onde o sapo e o escorpião estavam na beira do lago pensando em atravessar. O escorpião sabia que seria impossível atravessar o lago sem ajuda, então recorre ao sapo. O sapo, sabendo da natureza perigosa do escorpião, nega. Mas logo é convencido pelas palavras sedutoras do escorpião a lhe prestar uma ajuda: Como eu poderia te ferroar no lago se morreríamos juntos, “amigo sapo”?

Ingenuamente o sapo se esquece da natureza do escorpião e pensa com a boa vontade…

O resultado é uma bela ferroada nas costas e a triste constatação do sapo, de que contra uma natureza perniciosa, dificilmente se encontra um remédio, só mesmo a distância.

Já no caso de um psicopata, sabe-se que ele também é um sabotador de si mesmo.

Mas vamos nos ater a uma condição da natureza humana, que pelos traumas, decepções e frustrações da vida, pessoas podem se tornar pessoas difíceis, maldosas e invejosas da alegria alheia… se tornam inimigas.

Mas como lidar com os nossos inimigos? Como perdoá-los?

Primeiramente, o caminho é sempre o da reflexão.

Se você convive com pessoas que você já sabe que são assim e elas não tem intenção de mudar, você não pode conviver com elas. “Pinto que acompanha pato, uma hora vai se afogar”. Não tenha intimidades, não revele seus desejos, seus sonhos… não se revele.

Não tenha dúvidas sobre isso!

Não tenha também a vaidade de querer mudar as pessoas se elas não quiserem ser transformadas.

Toda mudança verdadeira começa de dentro para fora.

Siga sua vida com leveza de alma, buscando ser correto e honesto em seus afazeres e pensamentos. Quando nós passamos pelas transformações benéficas da vida, assim também nos tornamos exemplos para a mudança dos outros.

Não se apresse em perdoar as pessoas e logo trazê-las para o seu convívio novamente, se elas não demonstrarem um verdadeiro arrependimento.

Arrependimento verdadeiro não está nas lágrimas e nem nas palavras bonitas, mas na mudança de comportamento.

Cada um tem a sua história e o seu tempo de aprendizado. As vezes precisa doer para reconhecer o erro e consertar…

O castelo construído na areia, precisa cair para se entender que ele deveria ter sido construído na rocha.

Nós precisamos aprender a deixar Deus agir nas nossas vidas.

Perdoe no seu coração a quem precisa ser perdoado e para que você também se liberte. Mas aquele que não merece o seu perdão, porque não quer o seu perdão, e nem pretende mudar, entregue-o na misericórdia divina de Deus, e não caia na armadilha de querer consertá-lo ao seu modo.

Deixa Deus agir!

Deixa Deus ser Deus em sua vida e na vida dos outros!

A mudança começa dentro de nós!

Corações justos e atentos não deixam espaço para o inimigo agir.

Abraço fraterno, Theresa Calonge