Hoje, fiquei pensando se temos a capacidade de saber o que é realmente essencial para as nossas vidas.
No fundo, a vida material tem sempre uma relevância na nossa lista de prioridades.
Trabalhamos para conquistar bens, conforto, oportunidades, segurança, porque afinal, o mundo é material, e consequentemente temos uma tendência a valorizar aquilo que se pode apalpar, ver, conquistar e comprar.
Nós somente nos damos conta de que isso é superficial e não nos garante o essencial da vida, quando perdemos o que verdadeiramente amamos… quando não conseguimos comprar a saúde, o amor, a fé, as verdadeiras amizades, uma família unida, a esperança e a paz de espírito.
Você pode conquistar tudo o que o mundo pode te dar, mas se não tiver amor e verdade, nada disso vai importar, serão somente ilusões.
O triste, mas também não deixa de ser uma boa oportunidade, é quando se aprende esse valor, ainda que seja à duras penas.
Talvez você tenha passado por muitas situações duras na vida, seja de carestia, doenças, perdas e traições, para aprender grandes lições. Mas o importante é que você aprenda antes que seja tarde demais!
Quando se perde alguém, ou quando se morre, nada mais pode ser feito humanamente falando… Só nos resta então, rezar e esperar na Misericórdia de Deus.
Mas e se contudo isso, se a pessoa não tiver fé?
Como será o destino das novas gerações que estão se manifestando hoje, friamente com a espiritualidade, principalmente cristã?
As pessoas tem apagado o Cristo de suas vidas e de suas famílias…
Sinto te dizer, meu amigo e minha amiga: Não te resta mais nada! Onde não há espaço para esperança e a fé, não há vida…haverá somente um ponto final, que nós mesmos decidiremos colocar.
Voltei ao meu passado e me lembrei de uma leitura no “Livro das Virtudes”, que provavelmente, você pode ter lido, mas acho bom relembrarmos, pois nos serve de lições:
“Era uma vez uma mulher que morava numa casinha modesta, ao pé de uma montanha onde havia uma grande floresta.
Tinha um filho a quem amava muito…
Em um certo dia de verão, a mulher levou o filho para colher morangos. Colheram tantos quantos puderam. Mas, tão logo a mulher encheu a cesta, viu abrir a porta de uma grande caverna diante dela. Enormes pilhas de ouro brilhavam no chão, e uma mulher muito velha guardava o tesouro.
– Entre, boa mulher – disse a velha. – Leve quanto ouro puder pegar de uma só vez.
A mulher entrou na caverna e, segurando o filho pela mão, pegou um punhado de moedas de ouro, guardando-as no avental. Mas o toque do ouro despertou uma enorme cobiça e, esquecendo o filho, pegou mais dois punhados de moedas e saiu correndo da caverna.
No mesmo instante, ouviu um estrondo atrás dela.
– Mulher infeliz! Perdeu o seu filho até o próximo verão! – Gritou a guardiã do tesouro.
A porta da caverna se fechou e a criança ficou presa lá dentro.
A pobre mulher torceu as mãos, desesperada, chorou e implorou, mas não adiantou. Foi para casa sem o filho. Voltou todos os dias ao lugar, mas a porta nunca mais se abriu, e ela não conseguiu mais encontrar a caverna.
No ano seguinte, no dia que completaria um ano sem o filho, ela acordou bem cedo e foi correndo ao lugar. Ao chegar, encontrou a porta aberta. As pilhas de ouro brilhavam no chão, e a velha guardiã ao lado, cuidava do tesouro. Ao lado delas estava o menino.
– Entre, boa mulher – convidou a guardiã – Leve quanto ouro puder pegar de uma só vez.
A mulher entrou na caverna e, sem sequer olhar para o ouro, agarrou o filho, tomou-o nos braços e saiu rápido da caverna.
– Boa mulher – disse a velha – leve o menino para casa, pois agora seu amor é maior que a cobiça.
A mulher voltou para casa com o menino e o amou mais que o ouro pelo resto da vida”. (Do livro, “O Livro das Virtudes II – O compasso moral” – William J. Bennett – Editora Nova Fronteira)
Bem, aqui neste texto do Livro das virtudes, a mulher consegue reaver seu filho que tanto amava no verão seguinte.
Felizmente, a estória tem um final feliz. Mas na vida real nem sempre é assim…
É muito fácil ver a trajetória de pessoas que correm atrás do “ouro do mundo”, e fazem qualquer tipo de coisa errada para conseguirem poder e riquezas, mas acabam perdendo tudo! Perdem suas vidas, a vida das pessoas que amam, as conquistas materiais e perdem também suas almas.
Enfim, a minha partilha de hoje é para dizer que é muito fácil se esquecer do que é essencial, mas só se perde o essencial, quem ainda não sabe o que é verdadeiramente essencial para si próprio.
Então, segredo é descobrir o que faz realmente um ser humano feliz!
Mas, se aquilo leu até aqui, você achar que na vida o que importa é somente o bem-estar material, você tem que estar consciente de que estará arriscando coisas bem profundas e isso pode ser caro demais.
Você está disposto a arriscar este preço?
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Fica aqui o meu abraço fraterno, Theresa Calonge.