Você se considera uma pessoa desatenta?

Hoje, fiquei pensando sobre as minhas desatenções atuais…

Será que nós estamos mais desatentos do que antes?

Será que já tínhamos uma inclinação para não perceber certos detalhes, ou com o passar do tempo isso foi se tornando uma constante?

Entretanto, paradoxalmente me se sinto ativa e forte para encarar desafios… sinto que a maturidade me abriu novos horizontes, mesmo que haja até um escape até significativo das minhas energias e atenções.

 Entretanto, com certeza, algo maior tem desviado a nossa atenção com as vestes de “super foco”.

Você já percebeu isso?

Talvez você não tenha notado o quanto o seu rendimento tenha caído, e nem quanto tempo você tenha perdido de fato, com as tecnologias…. Ou quem sabe, você tenha rendido muito mais numa área, enquanto que em outras áreas você tenha tido rendimentos pequenos ou inexistentes.

As desatenções podem trazer pequenos prejuízos ou grandes. Mas o mais importe é identificar se este “vazamento” de energia, de atenção, tem subtraído a nossa capacidade de produção e de atenção, e até tenha nos dado um tipo de alienação com a realidade do nosso cotidiano.

Bom, eu não gostaria de entrar aqui, em transtornos de déficit de atenção, por se tratar de um campo mais complexo, principalmente no caso de pessoas muito jovens, que precisam ser avaliadas por um profissional da clínica médica e talvez precisem ser medicadas.

Contudo, não quer dizer, que você não possa sentir que mesmo na maturidade, que talvez você sinta que possui um déficit de atenção e que gostaria de ter o diagnóstico.

De qualquer forma, a maturidade é muito sábia, porque ajuda o nosso organismo a encontrar meios de compensação.

A maturidade consegue encontrar formas inteligentes de extrair o nosso melhor!

E é claro que vale a pena uma avaliação profissional para se conhecer melhor e se ajudar!

Eu mesma, em certo momento da vida, me senti menos produtiva e mais esquecida… 

Atribuí isso ao fato ter adquirido esta sensação depois de um forte tratamento quimioterápico, mas acabei descobrindo que eu possuía um déficit de atenção e com o tempo e o empenho, fui me adaptando. Ficou claro que aquilo que me interessava era igual a um “super foco”, e aquilo que não me interessava me levava a viajar na lua… e eu acabava deixando tudo para a última hora, achando que era dona do tempo. É mais ou menos assim…

Mas, aqui nesta partilha eu gostaria de dar uma chamada especial para essa constante desatenção que tem acometido muitas pessoas, nas tarefas mais simples do nosso cotidiano… também com as nossas relações, principalmente familiares e afetivas, por estarmos exaustivamente dedicando o nosso tempo, as tecnologias superficiais.

Você já somou quanto tempo você passa com as tecnologias superficiais?

Se elas não fizerem parte do seu trabalho ela pode ser um grande sabotador da sua capacidade.

A dedicação constante a coisas pouco significativas pode nos trazer exaustão, agonia, insaciabilidade e até o vício.

Certo dia, um psiquiatra me disse, que hoje existe uma quantidade enorme de pessoas viciadas com a internet e que é tão grave quanto o vício das drogas.

Ai que “meda”… já pensou nisso???

Será que isso pode acontecer comigo? Com você? Ou já está…acontecendo?

Bem, se no plano concreto da nossa vida estamos desatentos, o que diria no plano espiritual?!

Como pensadora que gosto de ser e como evangelizadora, percebo que constantemente milhares de pessoas parecem estar bem mais desligadas do plano espiritual. Será que é por isso que Jesus disse que a “A messe é grande, mas os operários são poucos; pedi, pois, ao dono da messe que mande operários para sua messe”?

Jesus morreu, ressuscitou, apareceu… O Espírito Santo já desceu aos apóstolos, rodou, já soprou, já deu pirueta no ar, os sinais estão por toda parte e nada!!!

O que está de fato acontecendo com a nossa percepção espiritual?

Será que ainda acreditamos em milagres? No poder da oração?

Será que ainda sabemos rezar de verdade?

As pessoas estão caindo do nosso lado, as famílias estão desmoronando do outro…muitos estão virando bicho, outros amando mais seus bichos que seus filhos… O certo virou o errado e muitas coisas perderam o seu grande valor.

E como diz a letra desta canção: “Você me pergunta pela minha paixão, digo que estou encantado como uma nova invenção… Já faz tempo eu vi você na rua, cabelo ao vento,
gente jovem reunida…na parede da memória essa lembrança é o quadro que dói mais…”

Será que só vão sobrar lembranças do bem que tivemos um dia?

Para onde mesmo, estamos indo?

Quantos sinais precisamos ver para perceber que há algo de errado e que precisamos sair dessa letargia viciante?

Sabe, no campo espiritual os demônios estão bem felizes com a nossa desatenção moderna, por isso eles tem conseguido muito êxito ao nos pegar de assalto…

De repente me lembrei do dia em que fui assaltada com meu marido, ao estar parada por menos de um minuto dentro do carro, mesmo estando numa avenida movimentada.

O Diabo também faz assim com a gente, quando estamos desatentos…

Bem, no fundo, depois do meu falatório aqui, o que eu gostaria de partilhar com você é a necessidade de identificarmos urgente qual é o motivo da nossa desatenção que tem nos levado a essa letargia, uma falta de ânimo, de coragem, para que isso seja corrigido a tempo!

E também gostaria de alertar, que mais perigoso do que roubar o nosso tempo, a nossa energia e as coisas importantes da nossa vida, a nossa alma também pode estar sendo roubada.

Eu deixo essa partilha e o meu …

Abraço fraterno, Theresa Calonge